sábado, 28 de agosto de 2010

From the soul vacation

Mãe, hoje quando você foi embora você disse que talvez volta em outubro, mas só volta se o meu irmão quiser viajar junto. Daí eu disse: vem sim, se ele não quiser vir, vem também.
É. Acho que já estou com saudades.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Mudança

Mais uma mudança, só que desta vez é daquelas em que você coloca os móveis em cima do caminhão e vai embora. Essa é a... 12ª casa que eu moro... estou rumo à 13ª. Tantos quartos, tantos esconderijos nada secretos, tantas fachadas... e agora volto pra minha terra natal.
Acho engraçado o fato de que, vira e mexe, eu acabo voltando pra lá.
É legal. Vou poder avaliar como é morar no mesmo lugar em épocas diferentes.
Espero que durante este tempo eu tenha tempo pra ler bastante, escrever, estudar coisas diferentes. Sem me esquecer das responsabilidades do estágio, é claro.
Bom, sobre o estágio:
Vou trabalhar em uma usina de álcool e açúcar durante este semestre. Por Deus, não sei o que vai acontecer e, a não ser de uma forma bem genérica, não sei o que esperam de mim. Depois do estágio eu termino o curso e viro engenheiro químico de vez e (repeat) por Deus, não sei o que vai acontecer e, a não ser de uma forma bem genérica, não sei o que esperam de mim. Daí vem o dilema: mestrado, emprego, férias ou prostituição?
Imagino que poucas pessoas falem tão abertamente quanto eu sobre essa incerteza que é o início de carreira. Talvez porque elas pensem que isto é um sinal de fracasso. Não é. É?
Voltando à mudança: Nossa... Quanto papel, quanto livro, quanta revista. E tudo sobre tudo. Química, Literatura, Comportamento, Negócios, Carreira, Engenharia, Física, Projetos, Biologia... Definitivamente, foi a época mais produtiva da minha vida. Nunca li desesperadamente tanto sobre tanta coisa. Sinto um carinho imenso também quando encontro algum rascunho do primeiro ano da faculdade, daquela insegurança toda, da saudade dos meus pais... vejo um texto rabiscado ou um exercício de álgebra linear que não deu certo e me lembro de como me sentia naquele tempo. E como fui percebendo que a gente tem que adaptar os sonhos à realidade e não se deixar iludir por tão pouco.
Penso nos meus amigos e evito comparar as nossas vidas. Cada um toma o rumo que quiser e não é a minha visão que mede o sucesso ou a ruína dos outros. Tento focar na minha felicidade e decifrar o que eu quero. Penso se quero estabilidade ou desafios constantes. Dinheiro ou tempo. Se vou querer viajar pelo mundo sozinho ou levar meu filho para visitar a vó. Se vou querer ter uma família ou apenas me contentar com as boas companhias que a vida sempre proporciona.
Sinto muito por não ter as respostas, mas sei que delas sou dono e cabe somente ao meu bom senso decifrá-las.
Tenho que interromper este momento "o futuro chegou, cadê o manual?" e terminar de arrumar as malas.
Mil beijos.